Dengue Em São Paulo: A Epidemia E O Combate
Introdução
O estado de São Paulo enfrenta um cenário alarmante no combate à dengue, com a confirmação de um ano desafiador pela frente. Em 2025, a epidemia deve se intensificar, especialmente com o ressurgimento do sorotipo 3 do vírus, que não circulava há 17 anos. O governo paulista tomou medidas urgentes para enfrentar a situação, criando um Centro de Operações de Emergências e destinando R$ 228 milhões aos municípios.
Aumento de Casos e Mortes
Dados recentes revelam que São Paulo é o estado mais afetado pela dengue. Em 2024, foram registrados 2.180.200 casos e 2.101 mortes, um aumento significativo em relação a 2023, que contabilizou 336.999 casos e 293 mortes. O crescimento exponencial representa um desafio para a saúde pública, especialmente em 33 municípios que já enfrentam decretos de emergência.
O Sorotipo 3 da Dengue
O sorotipo 3 do vírus da dengue tem gerado preocupação, pois sua circulação recente aumenta a suscetibilidade da população. Segundo o secretário de Saúde, Eleuses Paiva, a maioria da população não tem imunidade a esse sorotipo, o que pode resultar em um aumento de casos graves da doença.
Medidas do Governo
O governador Tarcísio de Freitas destacou a importância de combater o vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e estruturar a rede de saúde para atender os casos que surgirem. O Centro de Operações de Emergências (COE) foi criado para coordenar ações e distribuir recursos para a aquisição de inseticidas e equipamentos.
Vacinas em Foco
A vacina Butantan-DV, que está em fase de aprovação, surge como uma esperança no combate à dengue. Se aprovada, a vacina será a primeira do mundo a ser administrada em dose única e promete reduzir em 79,6% o risco de infecção. O Instituto Butantan planeja disponibilizar 100 milhões de doses nos próximos três anos, com início de distribuição em 2026.
Desafios da Imunização
Embora a vacina da Takeda tenha sido introduzida, especialistas alertam que a cobertura atual é insuficiente para lidar com o número elevado de casos. A vacinação apenas de jovens de 10 a 14 anos não é suficiente para conter a epidemia, destacando a importância da nova vacina do Butantan.
Vulnerabilidades e Riscos
A dengue pode afetar qualquer faixa etária, mas o risco é mais elevado entre idosos, gestantes e pessoas com comorbidades. O secretário Eleuses Paiva enfatizou que o manejo clínico adequado será crucial para lidar com os casos graves que devem surgir em 2025, ano que promete ser desafiador.
Expectativa para o Futuro
As autoridades de saúde esperam que a situação melhore apenas em 2026, com a introdução da vacina do Butantan. Até lá, o foco será em medidas preventivas e no fortalecimento da rede de saúde para mitigar o impacto da epidemia.
Conclusão
A epidemia de dengue em São Paulo requer atenção redobrada e ações eficazes. Com um aumento alarmante no número de casos e a introdução de novos sorotipos, é vital que as autoridades de saúde e a população se unam no combate a essa doença. O futuro depende da implementação de vacinas e do controle do vetor da dengue, enquanto 2025 se apresenta como um ano crítico.